Sem Jesus e Kardec a humanidade permanecerá na ignorância

Rogério Coelho

Não te maravilhes de te haver dito: necessário vos é nascer de novo.

Jo 3:7

Afirma Léon Denis[1]: “(…) na planta a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente; a partir daí, o progresso, de alguma sorte fatal nas formas inferiores da Natureza, só se pode realizar pelo acordo da vontade humana com as Leis Eternas”.

Ampliando os conceitos de Léon Denis, ensina Joanna de Ângelis[2]: “no mineral, a vida repousa e dorme. No vegetal, a vida sonha e sente. No animal, a vida se desenvolve e adquire instintos que a resguardam. No homem, a vida se levanta e compreende. No anjo a vida se liberta e engrandece. A constante diretriz é crescer, superar, aperfeiçoar (…)”.

Já Emmanuel, no mesmo compasso, afirma[3]:

“(…) o mineral é atração; o vegetal é sensação; o animal é instinto; o homem é razão e o anjo é divindade. Busquemos, portanto, reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal”.

Temos em Jesus o “Guia e modelo mais perfeito”[4] para o extenso trajeto cujo destino é o lugar que Ele nos tem preparado (Jo 14:2).

Iniciando a longa viagem no estado de “simplicidade e ignorância”[5], todos nós, sem exceção alguma, atingiremos a perfeição relativa no final do percurso, vez que “nenhuma das ovelhas confiadas a Jesus se perderá” (Jo 6:39).

A única diferença entre as criaturas, nesta longa viagem, é o bom emprego do livre-arbítrio, pois “a cada um será dado de acordo com as suas obras” (Mt 16:27).

Portanto, aquele que não retardar a marcha com desvios nas trilhas dos equívocos, mais rápido chegará à meta, ultrapassando a “porta-estreita”, uma vez que Jesus afirmou: “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mc 13:13).

Assim, a questão resume-se a um percurso curto ou longo entre a partida e a chegada, de conformidade com a escolha do peregrino da Eternidade.

De quantas dores e decepções se forrarão todos aqueles que seguirem as pegadas de Jesus que disse: “eu sou o caminho, a Verdade e a Vida.  Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14:6); “renunciemos a nós mesmos, tomemos de nossa cruz” (Mt 16:24), e, sem desânimos, sigamos o roteiro luminoso desvelado pelo Suave Rabi, agora clareado pelas abençoadas luzes do Espiritismo.

“Sê fiel até o fim e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2:10).

Dois milênios já se dobraram sobre os Divinos Ensinamentos. Chegada é a hora de acordar, pois “os tempos são chegados” (Mc 13:29).

O trabalhador da última hora receberá o que for justo, desde que aproveite bem a hora que resta (Mc 20:4).

Embora rodeado pela mais alta tecnologia da atualidade, o homem, sem o conhecimento das verdades que Jesus anunciou, permanecerá distante do fanal que lhe está assinalado. Eis que a Doutrina Espírita, revivescência do Cristianismo Primitivo, coloca-nos a todos na rota do aperfeiçoamento e da felicidade sem mesclas. Instruamo-nos, pois, nessa Fonte Incomparável chamada Espiritismo, que é, na verdade, o Consolador prometido por Jesus. 


[1] DENIS, Léon. O Problema do ser do destino e da dor. Rio de Janeiro: FEB, 2008, cap. IX

[2] FRANCO, Divaldo. Florações evangélicas. 4.ed. Salvador: LEAL, 2000, cap. 26

[3] XAVIER, F. Cândido. O consolador.  23.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, q. 79

[4] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, q. 625

[5] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, q. 115

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