Identificação com Jesus
Coluna “O Médium de ontem”
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
(Mensagem psicografada em 02/09/78, nas cercanias do Circo Máximo, em Roma)
Publicado na revista O Médium no 463, de fevereiro de 1979
Para os cristãos primitivos, a opção era uma só: Jesus em qualquer circunstância.
Dar a vida por fidelidade à crença esposada, embora a utilidade que reconheciam no corpo, face ao ministério em desenvolvimento.
A consciência religiosa resultava-lhes da absoluta certeza de ser a espiritual a vida verdadeira, não concedendo à física mais significação do que realmente merece.
A apostasia que lhe era solicitada à hora do sacrifício, a fim de pouparem o corpo, sequer se fazia considerada, tendo em vista o ardor que os abrasava, em face das esperanças tornadas realidades no “reino dos Céus”.
Tal se lhes fizeram grandiosos os testemunhos de amor, que eles, na sua humildade e segurança, abalaram as estruturas do paganismo e converteram multidões.
Os seus heroísmos criaram uma atmosfera espiritual abençoada, no mundo que ainda nutre os que buscam na sua coragem o estímulo para seguir Jesus.
É verdade que, depois, os interesses mesquinhos se misturaram aos ideais primeiros e a vilania humana substituiu a simplicidade pelo luxo, a renúncia pelo prazer, o holocausto pelo conforto na fé…
Assevera-se que os tempos mudaram desde aqueles tempos…
Afirma-se que não mais se faz necessário dar a vida pela fé…
Insurgem-se os modernos opositores do Cristianismo contra a necessidade da fé religiosa, apregoando ser isto um passadismo, uma atitude superada, por estarmos nos dias da Ciência, no apogeu das filosofias existenciais pragmatistas.
Nunca, porém, o conhecimento de Jesus libertará o homem de responsabilidade e coerência comportamental.
Quem se identifica com a Sua mensagem deixa de perceber ao mundo, assumindo uma posição perante a vida, conforme as instruções exaradas no Evangelho.
É certo que o “pastor conhece as ovelhas” que lhe pertencem. Estas, porém, identificam, igualmente, o seu condutor, conhecem-lhe a voz e não o trocam por outro.
Já não existem circos e postes, cruzes e suplícios, fogueiras e rodas com que, no passado, a resistência da fé era testada. Todavia, há muito que vencer.
Os fracos ficarão despeitados contigo, se os não seguires.
Os que se creem fortes, zombarão das tuas resistências.
Os tímidos se afastarão do teu caminho.
Os precipitados tentarão perturbar-te a serenidade.
Uns dirão que o conhecimento cientifico é o mais importante.
Outros conceituarão que aguardam mais fatos antes de decidir-se.
Estes te enquadrarão em problemas morais graves.
Aqueles te diagnosticarão com complexa nomenclatura psiquiátrica…
Antes, naqueles outros tempos, era também assim e ainda por algum tempo assim continuará.
Tu sabes, porém, que eles, os teus irmãos indecisos e turbulentos nas suas fraquezas, não se identificam com Jesus, por isso agem como agem.
Não te permitas o mesmo equívoco.
É necessário reviver nestes tempos aqueles tempos apaziguando os homens e melhorando a Terra, a fim de que todas as criaturas se encorajem a seguir Jesus de uma vez, após uma perfeita identificação com Ele.