Comunicação Social Espírita?

ACSE, AME/JF

“Tão importante quanto criar ideias para a divulgação e a difusão da Doutrina Espírita é executá-las, dando-lhes formas perceptíveis ao público a quem a mensagem se destina.”. Assim inicia o documento de Orientação à Comunicação Social Espírita.

Muitos ainda pensam na área de comunicação como o grande nascedouro de publicações que devem sensibilizar os olhos por meio de peças gráficas, onde o belo e o harmonioso se apresentam em cores, formas, fontes, bem posicionadas, seguindo padrões estéticos aceitáveis, de acordo com a conceituação atual.

Sim, tudo isso faz parte da área de comunicação e procuramos seguir essas orientações indicadas pelos profissionais, procurando despertar o interesse já no primeiro contato, porém muitos outros fatores envolvem nossa tarefa quando em seu título estampamos o nome ESPÍRITA.

Passamos a ter por finalidade não só atrair os olhares, mas propiciar condições para o diálogo fraterno, orientador, não impositivo, entre aquele que emite a mensagem e aquele que a recebe, levando o receptor a oportunidade de pensar e repensar os conceitos que lhe auxiliarão em sua transformação moral.

Cabe a ACSE – Área de Comunicação Social Espírita – o papel de divulgar as notícias de interesse do Movimento Espírita, facilitar o intercâmbio das múltiplas realidades, trazer o sentimento de pertencimento do Espírita ao Movimento Espírita, ao mesmo tempo que facilita a aquisição do conhecimento doutrinário em sua pureza, fazendo com que a mensagem esclarecedora e consoladora do Espiritismo esteja ao alcance e a serviço de todos, no campo moral e social, seguindo a orientação de Jesus: “Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Marcos, 16:15).

Apoiando-se no princípio de liberdade e equidade que a Doutrina Espírita preconiza, a ACSE, busca levar o conhecimento Espírita a todos, em suas faixas de interesse, mantendo um diálogo atual e pautado nos esclarecimentos que a Doutrina Espírita nos proporciona.

Por isso seleciona, entre os muitos veículos de comunicação, aqueles que atingirem seus objetivos sem ferir os preceitos espíritas, observando os aspectos éticos, legais e técnicos para refletir em qualidade e natureza, o mesmo nível elevado dos objetivos colimados, lembrando o apóstolo Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm”. (Coríntios, 6:12). 

Palestras, encontros, seminários, eventos de divulgação de livros, bibliotecas, peças gráficas, redes sociais, jornais, campanhas temáticas, murais, agendas, sites, cines debates, esses e muitos outros meios de comunicação, são objetos de atuação da Área de Comunicação Social Espírita.

Em Juiz de Fora, além de todos esses recursos de divulgação, contamos com a publicação da Revista O Médium, fundada em 1932 e com circulação interrupta até os dias atuais, sendo para todo o Brasil além de um espaço dialógico para muitos temas importantes para o Espírita e para sua atuação em sociedade, um espaço de registro histórico do Movimento Espírita da região.

Cuidar da pureza da mensagem, da verificação das fontes bibliográficas, das informações proporcionadas pelas imagens, do intuito da divulgação, entre outros, está ao encargo da Área de Comunicação Social Espírita.

Percebemos, assim, quão grande é a responsabilidade da Área de Comunicação Social Espírita em nossas Instituições. Cumprindo sua função evangelizadora, o aperfeiçoamento moral, a integradora, a comunicação plena entre as partes, e a midiática, que busca o belo, o verdadeiro e o útil, a ACSE, tem grande impacto na divulgação da doutrina e, por isso, grande responsabilidade em suas ações, necessitando de companheiros dispostos, atentos e comprometidos com a execução do bom trabalho da divulgação Espírita.

  Reflitamos na mensagem de Bezerra de Menezes1:

sem comunicação não teremos caminho. Estudemos e revisemos todos os ensinos da Verdade, aprendendo a criar estradas espirituais de uns para os outros. Estradas que se pavimentem na compreensão de nossas necessidades e problemas em comum, a fim de que todas as nossas indagações e questões sejam solucionadas com eficiência e segurança. Sem intercâmbio, não evoluiremos; sem debate, a lição mora estanque no poço da inexperiência, até que o tempo lhe imponha a renovação.”

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1 Psicografia de Francisco Cândido Xavier, recebida em 6 dez. 1969 e publicada em Reformador, abr. 1977.

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