História

Por Henderson Marques Lopes, em 18.04.2020

A revista O MÉDIUM, da AME/JF, atravessa décadas como testemunha do Movimento Espírita da cidade de Juiz de Fora e região, registrando e fazendo história. Sua informação sempre foi realizada de maneira equilibrada e coerente, divulgando os ensinos de Jesus à luz da Doutrina Espírita.

A seguir, iremos expor alguns fatos que fazem parte da história da revista, os quais não devem ser esquecidos, deixando-os aqui registrados para os que virão após nós, na continuidade necessária.

O INÍCIO

A revista O MÉDIUM teve o seu primeiro número publicado em 30 de julho de 1932, pelo jornalista Jesus de Oliveira (1891-1967). Eram apenas 4 (quatro) páginas, nas dimensões 18cm x 26,5cm, e foram impressos 500 (quinhentos) exemplares, com distribuição gratuita. Já no segundo número, a tiragem passou para 1000 exemplares. Pertencia à Associação Brasileira de Publicidade Espírita (ABPE), fundada em 1932, mais tarde extinta, quando de sua incorporação, em 1955, à União Espírita de Juiz de Fora (UEJF), atualmente, Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora (AME/JF).

A TIPOGRAFIA

A tipografia clássica tem por base os denominados “tipos móveis”, feitos de metal desde Gutenberg (Alemanha, século XV), os quais se constituíram uma verdadeira revolução – economia e ganho de tempo – com o princípio de reutilização para a composição dos textos. A produtividade gráfica deu um salto a partir daí.

Até e ainda na década de 1970, a revista dependeu, para a sua composição e impressão, do trabalho paciente e cuidadoso do tipógrafo.  Na produção gráfica de O MÉDIUM, deve ser destacada a figura do confrade José de Souza Campos. Personalidade afável, sempre alegre, extremamente responsável. Trabalhava os tipos móveis com maestria e precisão, compondo e imprimindo, com presteza e amor, a revista fundada por Jesus de Oliveira. Antes de assumir, em 1964, a parte técnica da revista, na condição de tipógrafo, o Sr. Campos exerceu, durante muitos anos, o cargo de tesoureiro da mesma. Na confecção da revista, recebia ele a orientação do então redator-chefe, o confrade Kleber Halfeld (1928-2015), o qual, por mais de trinta anos, trabalhou com dedicação, zelo e carinho para que a publicação não tivesse solução de continuidade, observando sempre os princípios de fidelidade doutrinária no conteúdo, atualidade, equilíbrio e modernidade gráfica.

REDAÇÃO E OFICINA

Em abril de 1963, sob a coordenação de Kleber, foi lançada a campanha para aquisição de uma tipografia para a revista. Trabalho árduo, exaustivo, mas que deu frutos sazonados, com a colaboração de centenas de assinantes, de Juiz de Fora e de outras cidades, que subscreveram cotas mensais depositadas em banco. O apoio à iniciativa foi amplo e bem sucedido. A prestação de contas era feita mensalmente, por meio de publicação do movimento de receita na própria revista.

Desde dezembro de 1964 – quando foi inaugurada a tipografia, com a presença do fundador Jesus de Oliveira –, até março de 1977, O MÉDIUM passou, então, a ser impresso numa pequena construção situada nos fundos da antiga casa adquirida em 1961 (rua Espírito Santo, 646) para sede da AME/JF. O galpão abrigava a redação e a oficina da revista, depois demolido em 1979/80, junto com a velha casa, para dar lugar à construção da nova sede (atual) da AME/JF (rua Espírito Santo, 650), inaugurada em 14 de março de 1982.  

As primeiras máquinas da oficina tipográfica, anunciada a sua aquisição pela revista em janeiro de 1964, foram uma impressora alemã e uma grampeadora, esta da marca Catu, consideradas as melhores à época; mais tarde, foi realizada a compra de uma guilhotina e outros materiais necessários ao trabalho de impressão.

A primeira revista, totalmente composta, impressa e com acabamento final na nova tipografia, tendo o confrade Campos como tipógrafo, foi a de número 300, referente ao mês de janeiro de 1965. O último número de O MÉDIUM impresso na oficina própria foi o do mês de março de 1977. A partir daí, a revista passou a ser impressa em várias gráficas, sem, entretanto, descuidar-se, em nenhum momento, da necessária excelência técnica. Passou-se à composição e à impressão “offset”, e, mais tarde, a partir das décadas de 1980/1990, com o advento do computador, ampliou-se a qualidade gráfica da revista, como hoje podemos observar.

COLABORAÇÃO

A revista possui inúmeros colaboradores, desde a primeira hora. Centenas de articulistas, dirigentes, supervisores, redatores, revisores etc. deram – e continuam oferecendo – a sua colaboração para a revista, cuja supervisão é realizada pelo Departamento de Comunicação Social Espírita (DCSE) da AME/JF. Contando com um conselho editorial que analisa os artigos que são remetidos à sua direção, ela procura divulgar, com equilíbrio e segurança, as palavras de Vida Eterna do Mestre Jesus, sob a ótica dos postulados espíritas.