Apadrinhe um jovem
Entrevista com Igor Gaigher
(Coordenador da AIJ – Área de Infância e Juventude – da União Espírita Mineira – UEM)
“O solo frutifica sempre quando ajudado pelo cultivador” – nos diz Emmanuel 1 – esse auxílio é a base de trabalho do projeto “Apadrinhe um Jovem” que a Área de Infância e Juventude da União Espírita Mineira (AIJ/UEM) está promovendo? Como surgiu essa proposta? Qual o papel do padrinho no projeto?
Sim, sem dúvida. A proposta surge de um projeto de mesmo nome desenvolvido pela área de infância e juventude da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo. Mediante uma grande necessidade da presença e apoio dos jovens em todas as áreas doutrinárias do nosso estado, sentimos que a campanha “Apadrinhe um Jovem” seria de grande auxílio para o nosso Movimento Espírita. O objetivo da campanha é promover um encontro entre o jovem apadrinhado e o trabalhador padrinho que gere crescimento espiritual para ambos, e que assim favoreça a transição do jovem da mocidade para as tarefas do Centro Espírita e do Movimento Espírita, desenvolvendo seu sentimento de protagonismo e pertencimento. O papel do padrinho é de amparar e orientar esse jovem para a realização da tarefa que ele se propôs. Como diz Emmanuel: “A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com o êxito desejável” (Lição 151 do livro “Caminho, Verdade e Vida” Chico Xavier).
Esses passos, etapas, tempos e atividades, propostas no projeto, certamente foram pensadas dentro da realidade dos jovens, dos centros e do Movimento Espírita. Como se deu a avalição dessas necessidades? Houve participação das demais áreas nessa construção?
A avaliação da realidade foi feita pelas próprias reuniões regulares da área federativa com a regionais do estado e pelo grupo de trabalho que realizou a adaptação do projeto. Esse grupo de trabalho possui integrantes da área de infância e juventude de diversos locais do nosso estado, o que favoreceu um processo de construção diverso e coletivo. As sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas pelos jovens foram elaboradas pelas áreas doutrinárias da União Espírita Mineira, em um esforço conjunto para amparar e facilitar a implementação da campanha nos Centros Espíritas.
Notamos que o projeto já traz em suas orientações a atenção aos documentos necessários para a atuação do jovem no trabalho espírita. De onde surge essa necessidade? Há possibilidades da execução do projeto sem essa documentação?
Essa parte do projeto é de fundamental importância. Enquanto federativa temos sempre incentivado os Centro Espíritas a buscarem a qualidade organizacional em suas ações para que elas sejam mais eficientes e eficazes. Os documentos em anexo ao projeto buscam auxiliar na sua organização, na avaliação constante das atividades e na segurança jurídica da instituição. Por isso é fundamental que na execução do projeto lembremos sempre de preencher a documentação sugerida.
Cabe pensarmos que o futuro do espiritismo dependerá de ações como essas do projeto “Apadrinhe um Jovem”?
Penso que o futuro do espiritismo e do mundo depende da qualidade da educação que oferecemos às nossas crianças e jovens. Nesse sentido projetos como o Apadrinhe um Jovem são fundamentais, pois são fruto de esforços coletivos do movimento espírita para despertar a atenção dos centros espíritos para o cuidado com essa faixa etária.
Já agradecendo sua atenção e desejando felizes realizações ao “Apadrinhe um Jovem”, deixamos espaço livre para suas considerações finais.
Eu que agradeço essa oportunidade de esclarecer melhor alguns pontos da campanha Apadrinhe um Jovem. Convido aos leitores que acessem o site da União Espírita Mineira para conhecerem melhor a proposta e que nos ajudem a divulgar e sensibilizar os Centros Espíritas para participarem. Que possamos unir esforços em prol da educação de nossas crianças e jovens, como nos diz Allan Kardec: “É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a Humanidade” (Livro: Obras Póstumas).